Tudo que você precisa saber sobre o Mercado Livre de Energia
Se sua empresa busca por economia e maior liberdade na negociação é preciso que conheça o Mercado Livre de Energia. No Brasil, já são mais de 5.400 empresas que negociam a energia neste mercado, entre consumidores chamados Livres e Especiais.
Por isso, para entender todos os elementos que fazem parte e influenciam na negociação da energia, neste material, reunimos o que você precisa para entender de uma vez por todas como funciona o Mercado Livre de Energia e descobrir se sua empresa pode usufruir ou continuar garantindo seus benefícios.
1. COMO A ENERGIA É FORNECIDA NO BRASIL
Em nosso país, existem duas formas previstas para o fornecimento e a utilização de energia: o Ambiente de Contratação Livre (ACL), conhecido como Mercado Livre, e o Ambiente de Contratação Regulada (ACR).
A principal diferença entre eles é que no primeiro há a liberdade de escolha do fornecedor de energia elétrica. Já no segundo, os consumidores chamados “cativos”, obrigatoriamente adquirem a energia da mesma empresa responsável por sua distribuição. Assim, dentro do ACL, existem dois tipos de consumidores.
Consumidor Especial – aquele com demanda entre 500 kW e 3.000 kW, deve comprar sua energia de fonte especial (PCH, CGH, solar, eólica ou biomassa).
Consumidor Livre – com demanda acima de 3.000 kW, tem opção de comprar energia especial ou não especial.
No caso dos consumidores especiais, há a possibilidade de Comunhão de Carga. Isso significa que, consumidores com a mesma raiz de CNPJ ou localizados em área contígua (sem separação por vias públicas) podem agregar suas cargas para atingir o nível de demanda de 500 kW exigido para se tornar consumidor especial.
2. POR QUE ESTE MERCADO EXISTE?
O Mercado Livre de Energia surgiu com o objetivo de estimular a livre concorrência. Por isso, a ideia era possibilitar com que grandes consumidores reduzissem seus custos com energia. Dessa forma, o consumidor tem mais liberdade para gerir seu consumo energético de acordo com sua estratégia.
Além disso, permitiu investimento em geração por parte da iniciativa privada, criando maior competitividade no setor. Por fim, foi de grande importância para o aumento de construção de usinas de fonte de energia renovável.
Sabe aquele desconto que você ganha quando compra uma enorme quantidade de produtos de uma loja? O princípio é o mesmo. A possibilidade de negociação com melhores condições de preço também funciona como um incentivo para as empresas que possuem um alto consumo energético.
Por isso, estar no Mercado Livre é fundamental para que elas consigam manter sua produtividade e continuar atuantes mercado.
3. DE QUEM POSSO COMPRAR A ENERGIA?
Os consumidores no Mercado Livre podem comprar sua energia diretamente de uma usina. Ou, através de uma comercializadora de energia, que é uma pessoa jurídica criada especialmente com este fim de comprar e vender energia no ACL.
Importante dizer que a regulação deste mercado é realizada de forma rígida, fazendo com que os clientes que migram para o ACL tenham segurança e confiabilidade.
4. COMO O MERCADO LIVRE FUNCIONA?
O Mercado Livre de energia também possui normas e regras para seu funcionamento. São essas diretrizes que orientam as negociações.
Mas como elas acontecem de fato?
Assim que o consumidor passa a integrar este mercado, toda a transação de compra e venda precisa ser lastreada em formas de contratos com seus fornecedores.
Dessa forma, é preciso que toda a operação seja registrada junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
É dessa forma que o mercado pode garantir os direitos e deveres de cada agente dessa relação.
Não existe uma regra quanto a quantidade de energia que deve ser comprada. Por isso, quando uma empresa faz parte do Mercado Livre de Energia, é necessário que ela possua um estudo detalhado de sua demanda energética.
Só assim ela saberá a quantidade que precisará para atender às suas necessidades produtivas. Desse modo, ela poderá desenhar sua estratégia de compra, optando por contratos curtos ou longos.
CONTRATOS
Contratos curtos: Levando em conta o preço da energia no mercado, em casos de alta, por exemplo, o consumidor poderá optar por um contrato curto, tentando evitar uma compra maior por um preço não atrativo.
Assim, ele pode aguardar um pouco mais por melhores oportunidades. Por outro lado, não existem garantias. Também é possível que o preço aumente, por isso é preciso contar com a ajuda de especialistas que o amparem no entendimento do mercado.
Contratos longos: Por outro lado, os contratos longos permitem ao consumidor garantir um bom preço por mais tempo. Contudo, podem acabar “prendendo” o consumidor a um preço enquanto o mercado revela melhores condições.
Não é possível dizer qual dos contratos é mais vantajoso. Afinal, a escolha ideal não depende só do preço do mercado. A decisão deverá levar em conta a estratégia que a empresa adota na gestão da sua energia.
5. O QUE É O PREÇO DE LIQUIDAÇÃO DAS DIFERENÇAS (PLD)?
Publicado semanalmente pela CCEE, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) pode variar bruscamente de uma semana para outra, pois é resultado das previsões das condições climáticas (como o período chuvoso, etc) e do comportamento dos consumidores, além de outros fatores que impactam o sistema elétrico. Este preço faz parte do valor da energia negociada no Mercado Livre.
6. QUEM PODE OPTAR POR ESTE MERCADO?
Para uma empresa migrar para o Mercado Livre de Energia é preciso que a demanda contratada seja a partir de 500 kW. Além dessa forma, pode-se “somar” a demanda contratada de um conjunto de unidades consumidoras que possuem a mesma raiz de CNPJ ou estão localizadas em uma mesma área.
É importante ressaltar que não importa o segmento da empresa. Por exemplo, existem no ACL empresas de diversos setores, como indústrias de diferentes segmentos, shoppings, lojas de departamento, supermercados, etc.
7. COMO FAZER A MIGRAÇÃO PARA O MERCADO LIVRE?
O processo de migração para o Mercado Livre de Energia exige o relacionamento com diversos órgãos governamentais.
Dentre eles, podemos citar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Além disso, ter um bom contato com as distribuidoras de todo o país é importante para garantir o cumprimento do planejamento.
Por isso, saber as normas, entender as documentações e adaptações necessárias e estar totalmente dentro da lei e dos padrões nacionais são atitudes que exigem boa fluência por todas essas instituições.
Mesmo que você cumpra todos os requisitos para comprar energia do Mercado Livre, alguns pontos técnicos precisam ser ajustados. A migração está ligada à demanda de potência (medida em kW) contratada. Por isso, existem dois tipos de consumidores distintos, que já foram apresentados anteriormente:
Consumidor especial
– Unidade ou conjunto de unidades consumidoras de mesmo CNPJ ou mesma área. Potência maior ou igual a 500 kW até 3000 kW (podendo somar as demandas contratadas, nos casos supracitados). – Tensão mínima de 2,3 kV.
– Pode contratar apenas energia proveniente de fontes ditas incentivadas (Pequenas Centrais Hidrelétricas, Centrais Geradoras Hidrelétricas, energia eólica, biomassa, cogeração qualificada).
Consumidor livre
– Demanda a partir de 3000 kW e tensão mínima de 69 kV (conexão anterior a julho/1995);
– Energia de fonte convencional ou incentivada.
8. ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO
Independente do tipo de consumidor, um dos passos fundamentais da migração é a Adequação do medidor de energia. Essa adequação é fundamental para atender às exigências dos órgãos reguladores: Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Mas como a medição de fato acontece? O ponto de medição é instalado após a elaboração de um diagrama unifilar de conexão da subestação da unidade com a rede básica. Isso acontece juntamente com um projeto específico do sistema de medição e comunicação.
Nesse projeto é feito o levantamento físico e elétrico das instalações. Assim, é possível detalhar o sistema de comunicação e de transferência de dados para ser repassado aos órgãos reguladores.
Depois, o sistema de medição e faturamento passa pela instalação e comissionamento e teste do funcionamento dos equipamentos. Como o painel, medidor, chave de aferição, nobreak, cabos de ligação e roteador.
Fechando o ciclo, o relatório de comissionamento é enviado aos órgãos competentes. Assim, garante-se a conformidade de todo o processo de adequação com as normas vigentes.
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9. QUEM SÃO OS REPRESENTANTES NO MERCADO LIVRE?
Até agora, você já deve ter entendido que o Mercado Livre de Energia é cercado de conceitos e características específicas. Por tantas particularidades, sua representação demanda um acompanhamento mais próximo. Por isso, esse trabalho deve ser feito por profissionais capacitados e com conhecimento técnico apurado.
Existem no mercado diversas empresas que oferecem o serviço de representação e gestão, abarcando a compra e venda de energia. Contudo, dentro da representação, existem particularidades que são interessantes de conhecer. Como, por exemplo, as diferenças de ser representado por uma comercializadora ou por gestoras independentes, como a Arion, por exemplo.
Tipos de representação
Representação com uma comercializadora: como gestora, a comercializadora vai indicar para o cliente o momento de se fazer a compra de energia. No entanto, por atuar tanto na compra quanto na venda de energia, e não apenas fazendo a Gestão no Mercado Livre de Energia, essas empresas fazem uma leitura específica do mercado, procurando o melhor preço para obter lucro e só assim, oferecer e negociar as necessidades do cliente. No final, isso pode significar que você comprou a energia por um bom preço, mas não pelo menor possível.
Representação com uma gestora independente: orientada por um escopo independente, que direciona esforços de forma plena para os interesses do cliente, a gestora que não é uma comercializadora vai ao mercado buscar os melhores preços.
Isso acontece pois ela não possui um interesse paralelo em lucrar com energia. Assim, abre-se uma verdadeira busca por fornecedores de energia, aumentando a concorrência e conseguindo o melhor preço possível.
A ARION tem como uma de suas principais características esta independência, conseguindo excelentes resultados para seus clientes. Estar de fato ao lado do cliente e buscar as melhores condições do mercado garantem aos clientes ARION a certeza de que eles estão comprando sua energia pelas melhores condições de mercado.
Além disso, a Arion oferece outros serviços importantes para quem deseja dar um passo a mais na busca para melhor gerenciar a energia de sua empresa, com ações que realmente trazem retorno. Por isso, além de manter o ganho no ACL, com ações de eficiência energética e a oportunidade de gerar sua própria energia você pode experimentar alternativas vantajosas deste mercado.
10. BENEFÍCIOS DESTE MERCADO
Possibilidade de tarifas mais baixas: uma das grandes vantagens do Mercado Livre de Energia são os custos. Com a possibilidade de negociação individual de preços, prazos e quantidade de energia fornecida, os custos com energia podem diminuir significativamente. Além disso os clientes no ACL não sofrem incidência das bandeiras tarifárias.
Desconto na TUSD: a Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição é cobrada de todos os usuários de energia elétrica no Brasil. Com a utilização de energias alternativas, a empresa pode passar a receber 50%, 80% ou até 100% de desconto nesta tarifa.
Maior previsibilidade nos gastos: a possibilidade de contratação de energia a longo prazo, permite a ciência prévia dos gastos, auxiliando na previsibilidade do orçamento, reduzindo os efeitos dos aumentos e bandeiras tarifárias.
Possibilidade de negociação da energia não utilizada: caso o pacote contratado não seja totalmente consumido, há a possibilidade de negociar a energia restante, evitando gastos desnecessários.
Economia com baixo investimento: os investimentos para a empresa ingressar no ACL são baixos, e o retorno econômico é rápido e seguro.
Regulamentação e segurança: o Mercado Livre de Energia é regulamentado por lei e normas da ANEEL e possui regras para o seu funcionamento, com garantia de legalidade e bom funcionamento.
11. CHECKLIST DO MERCADO LIVRE DE ENERGIA
Até agora, muita informação foi trazida a você. Seria ótimo se você pudesse ter certeza que aprendeu tudo, certo? Pensando nisso, preparamos um checklist:
1- A principal diferença entre o Mercado Livre de Energia e o cativo é que no primeiro há a possibilidade de negociação do fornecimento.
2- O mercado livre não é para qualquer consumidor. Para participar, é preciso ter demanda a partir de 500 kW. Dentro dele, ainda existem categorias diferentes, como o consumidor livre e o especial.
3- A regulação deste mercado é feita pela CCEE. Todas as transações, de compra e venda, precisam ser lastreadas por contratos, que podem ser curtos ou longos.
4- As empresas gestoras são responsáveis por orientar as oportunidades de compra e venda no Mercado Livre, e de fato representam o consumidor. Além disso, são responsáveis por todo o suporte dos consumidores neste mercado, atendendo os requisitos legais e coordenando as ações.
5- Para fazer a migração para o Mercado Livre, existem alguns requisitos técnicos, como a Adequação do Sistema de Medição. Existem empresas especializadas nessa etapa de transição, que auxiliam o consumidor a se adequar como orientam as regras.
6- Um dos atrativos deste mercado é a previsibilidade. É possível que cada empresa desenhe sua estratégia de compra de energia e garanta melhores preços.
7- Caso o consumidor não utilize toda a energia contratada para um determinado mês, é possível que ele negocie este excedente. Essa é uma das possibilidades que o Mercado Livre oferece para que ele tenha mais movimentação.
A Arion espera ter ajudado você a entender um pouco mais sobre esse complexo mercado. Nosso desejo é que você consiga aproveitar as oportunidades que ele proporciona. Para isso, estamos à disposição para que conheça nossos serviços e descubra novas maneiras de economizar.
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